sábado, 28 de novembro de 2009

Onda de Fusões e Aquisições: Tamanho é Documento?

A recente onda de fusões e aquisições entre empresas que já são grandes tem levantado a velha discussão sobre o tamanho ideal de uma empresa e sobre as vantagens e desvantagens desse tipo de estratégia.As novas gigantes que se formam — fruto de uma fusão e aquisição — conseguirão ter maior valor que o que tinham antes da operação? Nem sempre uma consolidação gera valor adicional para a nova empresa que surge. As vezes até piora.Tem casos em que a empresa compradora acaba destruindo o valor que uma empresa menor, mais empreendedora e mais focada, tinha antes. A menor acaba engolida e perde o foco, perde talentos e acaba perdendo o que a diferenciava.Qual o tipo de expectativa de geração de valor quando ocorre uma fusão ou aquisição?
Clientes querem melhoria de serviços e atendimento;
Investidores querem maior rentabilidade e valor de mercado;
Colaboradores querem melhor condições de trabalho, maior orgulho de pertencer e oportunidade de desenvolvimento profissional. E o que ocorre?
Insegurança inicial, medo de perder emprego, medo do inevitável enxugamento “receio” de que a busca de maior eficiência operacional com redução de duplicidade acabe gerando desempregos localizados. VLOR DIMINUI!
Aumento de base de cliente nem sempre significa melhoria pois quando a logística e a infraestrutura da empresa não estão preparadas, o aumento da base de clientes e a duplicidade de processos acabam prejudicando clientes – VALOR DIMINUI!
Aumento de tamanho nem sempre significa maior valor de mercado, as vezes o aumento de faturamento implica em menor rentabilidade e menor valor de ações e de dividendos, alem de endividamento. VALOR DIMINUI! Quais os motivadores de uma fusão ou aquisição?
Oportunidade de compra / necessidade de venda: porque um concorrente ou empresa complementar está em dificuldades financeiras, etc;
Oportunidade de maximizar sinergias: o alvo da compra possui algum diferencial que permite a compradora complementar seu portfólio, ou expandir em novos mercados onde a outra já atua, etc, ou usar uma tecnologia diferenciada, etc;
Motivadores pessoais: a compra vai a curto prazo dar a impressão de aumento de valor, mas a longo prazo não se sustenta. Quando funciona?
Quando a compra mantem a empresa no CORE BUSINESS, em vez de dispersar a empresa em diversificações que tiram o foco;
Quando as 2 culturas tem similaridades e evitam a inevitável “pororoca cultural” que muitas vezes forçam “2 almas a viverem no mesmo corpo”;
Quando o crescimento não sufoca o grau de empreendedorismo;
Quando o foco é na OPORTUNIDADE e na SINERGIA e não na NECESSIDADE / OPORTUNISMO. Gigantismo é uma ilusão. Tamanho não importa, o que interessa é a capacidade de gerar valor para os diversos stakeholders.Infelizmente a maioria das f& a frustram a expectativa de gerar maior valor e criam mais problemas adicionais a serem gerenciados.Para aumentar a chance de sucesso a ênfase tem de ser mais na Gestão do Intangível (cultura empresarial resultante, confiança das pessoas, satisfação dos clientes, percepção da comunidade, segurança a fornecedores, tranquilidade a investidores e credores, etc…) do que apenas a aspectos tangíveis de capital, mercado, jurídico, etc.


Fonte:http://www.administradores.com.br/artigos/onda_de_fusoes_e_aquisicoes_tamanho_e_documento/36223/


Postado por: Natasha Mendes

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